Os triângulos amorosos, a luta do casal para viver feliz, a renúncia pela família e os conflitos de sentimentos sempre funcionaram muito bem nos folhetins diários de nossa televisão e não seria diferente em “A Vida da Gente”. Lícia Manzo recorreu a estes clássicos elementos para construir seu núcleo principal e dividir o público entre Ana e Manu. Qual delas deve ficar com Rodrigo? A resposta ainda está longe, mas a autora trabalha de maneira eficiente para envolver aumentar esta discussão.
Além do bom texto de Lícia Manzo, “A Vida da Gente” tem a excelente direção de Jayme Monjardim, que sempre buscou na fotografia diferenciada um motivo a mais para seduzir o público. Tem também interpretações corretas e no ponto como as de Rafael Cardoso e Marjorie Estiano. E a cena que encerra a viagem romântica do casal (veja abaixo) é o melhor exemplo da combinação de todos os fatores importantes para o sucesso de uma novela: texto, direção e interpretação.
Não há como não torcer por Manu e Rodrigo. Eles construíram uma bonita relação de respeito e amor, educam Júlia e venceram na vida, apesar de toda torcida contrária de Eva. Não há como torcer por Ana e Rodrigo. Eles são pais de Júlia, estavam apaixonados, um acidente afastou os jovens e sempre lutaram contra os desejos contrários de Eva. Só isso é suficiente para uma boa novela, mas “A Vida da Gente” resolveu contar outras histórias interessantes.
Parabólica – Por José Armando Vannucci



















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