
Morreu nesta quarta-feira, às 21h55, o arquiteto Oscar Niemeyer, 104 anos. Segundo os médicos, Niemeyer morreu de insuficiência respiratória, rodeado pela mulher, Vera, e por outros familiares. Ele estava internado no Hospital Samaritano, localizado em Botafogo, no Rio de Janeiro, desde 2 de novembro, quando foi diagnosticado com desidratação. O mesmo motivo o levara, no início de outubro, a passar duas semanas no mesmo hospital. Neste período, ele teve duas hemorragias dogestivas e apresentou quadro de insuficiência renal, motivo que o levou a fazer hemodiálise. Ele completaria 105 anos no próximo dia 15. Em entrevista coletiva após a confirmação da morte, o médico de Niemeyer, Fernando Gjroup, detalhou que o arquiteto vinha apresentando piora em seu estado de saúde desde terça-feira. Na manhã de quarta, Niemeyer havia apresentado insuficiência respiratória e precisou ser entubado. Gjroup contou que, durante a internação, o arquiteto teve momentos de lucidez e evitava falar sobre morte. “Ele chegou a trabalhar no hospital e conversar com a equipe dele sobre projetos. Ele nunca perguntava muito sobre seu estado de saúde. E falava só em viver.” O corpo de Niemeyer será levado para Brasília na manhã desta quinta para ser velado no Palácio do Planalto. Na sexta, ele volta para o Rio para um novo velório, no Palácio da Cidade. O enterro acontece no Rio de Janeiro, no cemitério São João Batista. A razão do sucesso de Niemeyer está em sua ligação com um certo momento histórico do Brasil. “Sua carreira coincide com a modernização do Brasil. Ele foi um gênio no momento que a arquitetura queria se reinventar radicalmente”, diz Frederico Flósculo, professor de Arquitetura da Universidade de Brasília (UnB).
(Fonte: Veja Online)


















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