RDN: Da onde surgiu a ídeia da Band em ressuscitar a Escolinha?
Marcia Kaplun: A escolinha da Band já era um projeto do diretor Hélio Vargas que saiu da Record e foi pra Band e implantou “Uma Escolinha Muito Louca” com Sidney Magal como professor. Aliás, acertaram em cheio…o Magal é o deboche em pessoa e entra total nas improvisações dos atores que num programa de humor é uma constante. Ele é Maravilhoso e nos deixa muito muito a vontade.
A fórmula de uma escolinha não é nova, mas essa escolinha tem um ritmo diferente das outras, principalmente porque estão mesclando veteranos como Orival Pessine ( o Fofão), Iran Lima, Cesar Macedo e Ricardo Corte Real com talentos jovens que são ícones nos espetáculos de humor no Brasil.
RDN: Para você como é trabalhar com humor? É o que mais gosta de fazer?
MK: Olha, quando montei a peça Verônica Sem Vergonha, aqui no Rio, ano passado, um crítico do jornal O Globo comparou meu deboche e escracho ao de Dercy Gonçalves, na qual desde pequena me indentifico muito em termos de humor.
Trabalhar com humor é uma faca de “2 legumes” rsrs. Fazer as pessoas rirem é mais difícil que comovê-las. Eu faço humor desde que me conheço por gente…o Tiago Santiago, que é meu amigo desde adolescente sempre me dizia para parar de fazer palhaçada na casa dos meus amigos e ir fazer o grande público rir. O irônico é que meu primeiro papel de novela foi uma personagem dramática em Prova de Amor, que ele escreveu.
Minha formação de atriz foi basicamente na comédia mesmo. desde peças infantis onde mesmo como bruxa eu já fazia o público rir, até em eventos como Pegadinhas Encomendadas e Telegramas animados.
Definitivamente prefiro fazer as pessoas rirem! Mas um bom drama também me aguçou…me deu a oportunidade de um desafio que jamais pensei em ter.
Mas o mais importante na comédia é ter um diretor que se diverte também. É o caso do diretor Valdemyr Fernandes que se diverte conosco e isso é muito importante: ter um diretor que te dá suporte nos improvisos. O Próprio Hélio Vargas vai deixando rolar os erros engraçados sem cortar. Isso nos dá muita liberdade de criação e por isso está sendo muito rápido o introsamento da turma.
RDN: Como surgiu a oportunidade de entrar na Escolinha?
MK: Eu estava parada desde que meu programa “Na Lupa de Marcia Kaplun” na TVJB (CNT) acabou, quando a emissora faliu. Tive um entrave na vida e fui operada da coluna e não pude entrar em Caminhos do Coração na Record. Fiquei esperando a oportunidade de entrar em “os Mutantes” mas a demora me fez reagir…procurei mostrar uns personagens para o Zorra Total e tive o prazer de me corresponder com o Marcelo Nascimento diretor do Super pop que se interessou pelo meu trabalho de humor…mas um amigo me falou sobre os testes da escolinha da Band e acabei ligando para o diretor Valdemyr fernandes e por telefone mesmo ele se interessou…entre mandar material e fazer teste foi muito rápido.
RDN: Como se sentiu ao saber que entrou no programa?
MK: Isso é uma história a parte! rsrs
Primeiro porque achei que tinha pegado mal não ter aceito fazer uma personagem que me ofereceram…ela teria um sotaque português que eu não domino, além de ser loira, sensual e inteligênte. Quando vi o perfil, disse para mim mesma: Vou me queimar…eu sou debochada…escrachada…como vou fazer uma personagem de humor e sensual sem escrachar? Seria como botar um passarinho na gaiola! Daí tive a idéia de apresentar uma ótima atriz que além de ser linda e sensual, faria o tal sotaque. Enviei um e-mail pedindo mil desculpas e dizendo que apesar de querer muito fazer o programa ( que era um sonho meu - um programa de humor), eu não me achava capaz de fazer tal personagem e por isso estava indicando a Pâmela Côto. Recebi um e-mail bem seco do produtor Thomazelli com outra personagem para mim. Achei que tudo tinha ido pro ralo quando ele próprio me ligou no dia seguinte rindo, dizendo que já sabia que eu não aceitaria, que só quis me desafiar e pediu que eu levasse a Pamela para o teste. Uma semana depois as duas estavam aprovadas! Nem deu tempo de ficar ansiosa esperando a resposta!
RDN: Qual vai ser sua personagem?
MK: Minha personagem é a Krika Telé! Uma mistura de operadora de telemarketing com vendedora de telemarketing de tv…tudo que o professor pergunta pra ela, ela responde mas associa á um produto e vende! Ela é muito bagunceira e tem um “Q” de sem vergonha com o professor.
Além de você, quem já está confirmado no elenco?
Somos 22 alunos. Já já os nomes vão ser divulgados.
RDN: Quais são suas espectativas para o projeto?
MK: Vou te ser sincera: antes da turma se conhecer, estavam todos com dúvidas do tipo: “poxa…escolinha…uma fórmula tão batida…” mas foi a gente se reunir e bater pela primeira vez o texto com o Magal que é o deboche em pessoa e de um talento impagável para comédia , foi que a animação dos atores e a confiança da equipe toda de redatores, produção e diretores foi unanime. Estamos nos divertindo muito fazendo, não tem como não passar essa alegria para o público.
Temos uma direção de produção competentíssima do Thomazelli, uma direção geral talentosíssima do Valdemyr, uma direção pontual do Hélio que é o cabeça da história ( ele sabe o que faz!), uma equipe de redatores de tarimba encabeçada por Marcos Resende e uma equipe exepcional de produtores, assistentes, figurinistas, cabeleleiros, maquiadores, cenógrafos e cameras. Vejo todos trabalhando com muito amor e felicidade estampada em cada rosto.
Agora fugindo um pouco da “Escolinha” gostaria de saber outras coisas, que com certeza os leitores estão curiosos
RDN: Como você vê a atual guerra travada entre Record e SBT? Tem uma emissora favorita?
MK: Acho “Guerra” uma palavra feia. Diria que acho muito saudável a concorrência.
Não existe uma emissora favorita para um artista e sim um artista favorito para uma emissora. É como estou me sentindo na Band, uma favorita! Eu e todos ali na escolinha evidentemente!
RDN: Acredita que a Record um dia seja líder de audiência?
MK: A Record está investindo muito em dramaturgia , o que fez as outras emissoras acordarem para a concorrência. Estou sentindo isso na Band também. A Band está crescendo e investindo não só em jornalismo como também em novelas e programas. Vide CQC que atualmente, na minha humilde opinião é o melhor programa do gênero que mescla humor inteligênte com jornalismo.
RDN: Atualmente a Record está reprisando em suas tardes a novela Prova de Amor, na qual você fez parte do elenco. Como foi gravar Prova de Amor?
MK: Gravar PDA foi tudo de bom! Eu tinha muito medo de fazer novela pelo ritmo de gravações…decorar texto rapidamente…minha escola é teatro e eu sabia que tv era outra linguagem. Mas foi super tranquilo. A Record ainda era pequena em relação ao que é agora e tudo me parecia muito família. Minha relação com os colegas de trabalho foi tão boa que mesmo quando saí para ter meu programa em outra emissora, ninguém se negou a me dar entrevistas e participar…até mesmo o departamento de assessoria de imprensa da Record, me ajudava a contactar os atores para meu programa da TVJB (CNT) “Na Lupa de Marcia Kaplun”
RDN: Mande um recado para os leitores do Todo Canal:
MK: Em primeiro lugar gostaria de parabenizar o “Todo canal” que está cada vez melhor! Adoro seu ímpeto de inovar sem medo…experimentar e retirar quando não dá certo…acho bárbaro!
O medo é o que deixa as coisas e as pessoas imóveis. Por isso meu recado é:
Não tenham medo de tentar, falar, experimentar…porém tudo tem uma medida, um jeito de se fazer. Lembrem-se: Gentileza gera gentileza! Se eu tivesse ficado com medo de dizer por exemplo que a personagem que queriam me dar não era o meu perfil, eu teria aceito e não dado conta. Se eu tivesse medo de ir atrás do que quero, não teria chegado lá!
Um beijo enorme para todos e muito obrigada pelo carinho!
FONTE: TODO CANAL
Marcia Kaplun: A escolinha da Band já era um projeto do diretor Hélio Vargas que saiu da Record e foi pra Band e implantou “Uma Escolinha Muito Louca” com Sidney Magal como professor. Aliás, acertaram em cheio…o Magal é o deboche em pessoa e entra total nas improvisações dos atores que num programa de humor é uma constante. Ele é Maravilhoso e nos deixa muito muito a vontade.
A fórmula de uma escolinha não é nova, mas essa escolinha tem um ritmo diferente das outras, principalmente porque estão mesclando veteranos como Orival Pessine ( o Fofão), Iran Lima, Cesar Macedo e Ricardo Corte Real com talentos jovens que são ícones nos espetáculos de humor no Brasil.
RDN: Para você como é trabalhar com humor? É o que mais gosta de fazer?
MK: Olha, quando montei a peça Verônica Sem Vergonha, aqui no Rio, ano passado, um crítico do jornal O Globo comparou meu deboche e escracho ao de Dercy Gonçalves, na qual desde pequena me indentifico muito em termos de humor.
Trabalhar com humor é uma faca de “2 legumes” rsrs. Fazer as pessoas rirem é mais difícil que comovê-las. Eu faço humor desde que me conheço por gente…o Tiago Santiago, que é meu amigo desde adolescente sempre me dizia para parar de fazer palhaçada na casa dos meus amigos e ir fazer o grande público rir. O irônico é que meu primeiro papel de novela foi uma personagem dramática em Prova de Amor, que ele escreveu.
Minha formação de atriz foi basicamente na comédia mesmo. desde peças infantis onde mesmo como bruxa eu já fazia o público rir, até em eventos como Pegadinhas Encomendadas e Telegramas animados.
Definitivamente prefiro fazer as pessoas rirem! Mas um bom drama também me aguçou…me deu a oportunidade de um desafio que jamais pensei em ter.
Mas o mais importante na comédia é ter um diretor que se diverte também. É o caso do diretor Valdemyr Fernandes que se diverte conosco e isso é muito importante: ter um diretor que te dá suporte nos improvisos. O Próprio Hélio Vargas vai deixando rolar os erros engraçados sem cortar. Isso nos dá muita liberdade de criação e por isso está sendo muito rápido o introsamento da turma.
RDN: Como surgiu a oportunidade de entrar na Escolinha?
MK: Eu estava parada desde que meu programa “Na Lupa de Marcia Kaplun” na TVJB (CNT) acabou, quando a emissora faliu. Tive um entrave na vida e fui operada da coluna e não pude entrar em Caminhos do Coração na Record. Fiquei esperando a oportunidade de entrar em “os Mutantes” mas a demora me fez reagir…procurei mostrar uns personagens para o Zorra Total e tive o prazer de me corresponder com o Marcelo Nascimento diretor do Super pop que se interessou pelo meu trabalho de humor…mas um amigo me falou sobre os testes da escolinha da Band e acabei ligando para o diretor Valdemyr fernandes e por telefone mesmo ele se interessou…entre mandar material e fazer teste foi muito rápido.
RDN: Como se sentiu ao saber que entrou no programa?
MK: Isso é uma história a parte! rsrs
Primeiro porque achei que tinha pegado mal não ter aceito fazer uma personagem que me ofereceram…ela teria um sotaque português que eu não domino, além de ser loira, sensual e inteligênte. Quando vi o perfil, disse para mim mesma: Vou me queimar…eu sou debochada…escrachada…como vou fazer uma personagem de humor e sensual sem escrachar? Seria como botar um passarinho na gaiola! Daí tive a idéia de apresentar uma ótima atriz que além de ser linda e sensual, faria o tal sotaque. Enviei um e-mail pedindo mil desculpas e dizendo que apesar de querer muito fazer o programa ( que era um sonho meu - um programa de humor), eu não me achava capaz de fazer tal personagem e por isso estava indicando a Pâmela Côto. Recebi um e-mail bem seco do produtor Thomazelli com outra personagem para mim. Achei que tudo tinha ido pro ralo quando ele próprio me ligou no dia seguinte rindo, dizendo que já sabia que eu não aceitaria, que só quis me desafiar e pediu que eu levasse a Pamela para o teste. Uma semana depois as duas estavam aprovadas! Nem deu tempo de ficar ansiosa esperando a resposta!
RDN: Qual vai ser sua personagem?
MK: Minha personagem é a Krika Telé! Uma mistura de operadora de telemarketing com vendedora de telemarketing de tv…tudo que o professor pergunta pra ela, ela responde mas associa á um produto e vende! Ela é muito bagunceira e tem um “Q” de sem vergonha com o professor.
Além de você, quem já está confirmado no elenco?
Somos 22 alunos. Já já os nomes vão ser divulgados.
RDN: Quais são suas espectativas para o projeto?
MK: Vou te ser sincera: antes da turma se conhecer, estavam todos com dúvidas do tipo: “poxa…escolinha…uma fórmula tão batida…” mas foi a gente se reunir e bater pela primeira vez o texto com o Magal que é o deboche em pessoa e de um talento impagável para comédia , foi que a animação dos atores e a confiança da equipe toda de redatores, produção e diretores foi unanime. Estamos nos divertindo muito fazendo, não tem como não passar essa alegria para o público.
Temos uma direção de produção competentíssima do Thomazelli, uma direção geral talentosíssima do Valdemyr, uma direção pontual do Hélio que é o cabeça da história ( ele sabe o que faz!), uma equipe de redatores de tarimba encabeçada por Marcos Resende e uma equipe exepcional de produtores, assistentes, figurinistas, cabeleleiros, maquiadores, cenógrafos e cameras. Vejo todos trabalhando com muito amor e felicidade estampada em cada rosto.
Agora fugindo um pouco da “Escolinha” gostaria de saber outras coisas, que com certeza os leitores estão curiosos
RDN: Como você vê a atual guerra travada entre Record e SBT? Tem uma emissora favorita?
MK: Acho “Guerra” uma palavra feia. Diria que acho muito saudável a concorrência.
Não existe uma emissora favorita para um artista e sim um artista favorito para uma emissora. É como estou me sentindo na Band, uma favorita! Eu e todos ali na escolinha evidentemente!
RDN: Acredita que a Record um dia seja líder de audiência?
MK: A Record está investindo muito em dramaturgia , o que fez as outras emissoras acordarem para a concorrência. Estou sentindo isso na Band também. A Band está crescendo e investindo não só em jornalismo como também em novelas e programas. Vide CQC que atualmente, na minha humilde opinião é o melhor programa do gênero que mescla humor inteligênte com jornalismo.
RDN: Atualmente a Record está reprisando em suas tardes a novela Prova de Amor, na qual você fez parte do elenco. Como foi gravar Prova de Amor?
MK: Gravar PDA foi tudo de bom! Eu tinha muito medo de fazer novela pelo ritmo de gravações…decorar texto rapidamente…minha escola é teatro e eu sabia que tv era outra linguagem. Mas foi super tranquilo. A Record ainda era pequena em relação ao que é agora e tudo me parecia muito família. Minha relação com os colegas de trabalho foi tão boa que mesmo quando saí para ter meu programa em outra emissora, ninguém se negou a me dar entrevistas e participar…até mesmo o departamento de assessoria de imprensa da Record, me ajudava a contactar os atores para meu programa da TVJB (CNT) “Na Lupa de Marcia Kaplun”
RDN: Mande um recado para os leitores do Todo Canal:
MK: Em primeiro lugar gostaria de parabenizar o “Todo canal” que está cada vez melhor! Adoro seu ímpeto de inovar sem medo…experimentar e retirar quando não dá certo…acho bárbaro!
O medo é o que deixa as coisas e as pessoas imóveis. Por isso meu recado é:
Não tenham medo de tentar, falar, experimentar…porém tudo tem uma medida, um jeito de se fazer. Lembrem-se: Gentileza gera gentileza! Se eu tivesse ficado com medo de dizer por exemplo que a personagem que queriam me dar não era o meu perfil, eu teria aceito e não dado conta. Se eu tivesse medo de ir atrás do que quero, não teria chegado lá!
Um beijo enorme para todos e muito obrigada pelo carinho!
FONTE: TODO CANAL
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