Nova serie O Diario De Uma Louca.

Nova serie O Diario De Uma Louca.

Já não bastava ontem a Rafa vim me chamar pra ir jantar com o seu novo namorado (que a pediu em casamento logo ali), logo hoje eu tinha que ficar menstruada. Eu bem que sabia que essa visitinha desagradável ia vim, eu estava muito estressada e aquelas coisinhas vermelhinhas estavam começando a aparecer na minha cara (as malditas espinhas).

Hoje não acordei muito bem e não estava muito afim de ir trabalhar, mas se eu não fosse, aquele careca barrigudo do meu patrão ia me matar, literalmente falando; da última vez que eu faltei uma reunião de matérias tudo ficou um caos e as idéias que surgiram não foram muito boas.

Bom, lutando contra a preguiça e muito atrasada, saí de casa correndo, mas o elevedor estava em conserto, tive de descer 14 andares de escada com um scarpin de 10 cm e ainda da prada. Se essas empresas que concertam elevadores soubessem quanto custou esse sapato, eles relamente não iriam consertar essa droga de elevador logo hoje.

Ótimo, quando eu finalmente consegui chegar na garagem, quando eu estava pra sair com o carro, percebi que a roda dianteira do lado do carona estava furada, Meu Deus, realmente era pra eu não ir trabalhar, mas realmente eu não podia fazer isso. Liguei pro Carlos, meu mecânico de confiança, e ele ficou de passar lá no prédio à tarde pra pegar o carro e levar pra oficina, eu concordei, mas não podia me atrasar mais pro trabalho; tive de chamar um táxi.

Enfim, consegui chegar no trabalho sã e salva. a reunião foi caos como sempre, as mesmas idéias bizarras de fazer uma reportagem sobre como deixar fashion a roupa de gari ou como fazer a Gisele Budchen ficar feia. Escolhi entretanto, uma idéia que a Rafa já tinha sugerido desde edição passada, "Qual é o look perfeito?". Simples mais moderno.

Aí, quando eu pensei que tudo ia se acalmar, começou aquela cólica insuportável que eu já não tinha desde os 20 anos; só faltava agora meu ficante me dar o fora. Na mesma hora que esse pensamento negativo me vieo a cabeça, quem bate na minha porta? Ele, o meu ficante. Yan Fashwood, ele era realmente muito lindo, eu consegui um ótimo contato pra ele na Diner, uma das maiores agências de modelos que eu conheço, e ele fez um contrato milionário pra ser a nova cara deles; é eu acho que ele ia me dar o fora, como todos fazem, conseguem o que quer e depois dão um pé na bunda de nós pobres mulheres apaixonadas.

Eu já estava preparada para o: "meu amor, minha vida vai seguir um rumo diferente agora e por isso nós devemos terminar.", mas ele não fez isso, chegou com uma caixa de bombons que eu adoro e um buquê de flores pra agradecer o que eu tinha feito por ele. Ai, que fofo, mas eu não podia comer chocolate, meus hormônios estavam pegando fogo e pra dizer a verdade eu queria era brigar com alguém pra tirar todo aquele estresse de dentro de mim. Eu não consegui fazer isso, agradeci e dei um mega beijo de cinema nele, meu gatinho fofo.

Eu sempre coloco apelidos nos meu namorados: Gato selvagem, Gato rei, garoto bonito, eu sei, esse apelidos são meios bregas e parecem nicks de sala de bate-papo, mas eu não consigo evitar.
Depois que eu termino os apelidos são outros, não tão carinhosos.

Depois que meu 'gatinho fofo' foi embora, tomei um rémedio pra acabar com aquela cólica terrível e fui na oficina do Carlos pra ver meu carro. Pra completar meu carro não tinha só o probleminha de pneu furado, tinha uns outros problemas lá que o Carlos me falou e que eu realmente não entendi nada. Aquela "pequena troca de pneus" ia me custar o olho da cara. Também quem mandou eu querer comprar um carro importado pra me imitidar pro meu irmão que pouco tempo depois comprou uma ferrari (que raiva, não consigo ganhar dele em nenhuma).
Voltei pro escritório com aquela facada no bolso. A Rafa me viu chegando e veio atrás de mim pra mostrar aquele anel com um diamante enorme em cima, ela sabia que eu era doida pra casar e que ultimamente eu não tinha encontrado nenhum homem que se dispusesse a fazer isso comigo, mas eu merecia, quem manda eu escolher modelos alpinistas (sociais).

A Rafa veio me pedir conselhos sobre onde ela poderia comprar seu vestido de noiva, em Paris ou em Madrid? Ó dúvida cruel, como se ela não fosse comprar um vestido Armani em Nova York, aquele que ela sempre ficava olhando quando passávamos em frente.

No final de tudo ela disse que ia esperar pra ver onde o seu querido noivo ia comprar o terno dele.

Aquele assunto de casamento não estava me fazendo bem, mas não demorou muito, o meu querido chefe veio na minha sala querendo ter uma conversa séria. O assunto dessa conversa? As vendas da revista estavam caindo, eu tinha que pensar num jeito pra revista vender mais.
Quando por fim acabou aquele dia de trabalho eu voltei pra casa. Achando que ia ter pelo menos uma noite tranquila de sono.

Mas quando eu entrei naquele maldito elevador, que estava sendo consertado pela manhã, eu fiquei presa entre o décimo terceiro e o décimo quarto andar, ele não podia parar depois que eu saísse do elevedor?

O resgate só chegou depois de 3 horas, imagine três horas aturando sua vizinha chata falando sobre os quatro filhos dela que estvam morando na frança, casando na Itália, se drogando na Holanda e tendo um bebê na Espanha. Eu só queria chegar em casa e dormir!
Quando eu cheguei em casa me joguei na cama e não tive nem forças de pegar o telefone e ligar pro meu 'gatinho fofo', mas o que ele poderia estar fazendo a não ser pensando em mim?
Esse foi um dia de cão e espero que outro seje um dia calmo, não dizem que depois da tempestade vem a calmaria?