A participação de telespectadores, através de telefonemas e de e-mails, dão o tom confessional e moralizante do programa.
A presença da violência nas grandes cidades? assunto que aflige a todos, em seu jornalismo e em sua teledramaturgia não fazem a programação da emissora se tornar exatamente mais próxima da realidade, mas sim de uma certa imagem da realidade, na qual a população se vê acuada entre a brutalidade do crime e a inépcia do Estado.
A crescente audiência da emissora sugere que há muita gente disposta a ver representada sua angústia ante o cotidiano agressivo do que assistir a histórias de amores proibidos em grandes palácios ou mansões.
Curiosamente as tentativas de exibir personagens dos "núcleos pobres" na Globo quase sempre terminam na comédia e no estereótipo. Nem a novela Duas Caras, de Aguinaldo Silva, conseguiu imprimir realismo na inverossímil favela da Portelinha, com uma milícia sem policiais truculentos, sem tiros e sem venda de serviços e de favores.
JefAudi
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