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sexta-feira, 26 de março de 2010

Maior novelista de Portugal quer ter novela no Brasil

Posted by DennysNotícias* | sexta-feira, março 26, 2010



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 Matéria extraída do blog de Aguinaldo SIlva
Pode-se dizer de Rui Vilhena que é um telenovelista full time. Não só por causa do seu método de trabalho, que ele expõe nessa entrevista, mas porque é impossível – e eu atesto isso pessoalmente – conversar com ele sem estar sempre bordejando o tema das telenovelas. Quando estou em Portugal, nos dedicamos os dois à caça de restaurantes “que valham a pena”. E, quando descobrimos um, lá jantamos ou almoçamos e charlamos o tempo todo… Mas sempre sobre nosso tema preferido, que é a telenovela. Rui é em Portugal o maior especialista nelas. As que escreveu por aqui fizeram história e revolucionaram o gênero. No segundo semestre ele estréia mais uma… E depois dela pensa no público brasileiro como meta. Portanto, Rede Globo e congêneres, se quiserem acrescentar um grande autor às suas equipes, procurem Rui Vilhena, que a hora é essa.
1, É fato consumado que, em suas três novelas você deu cores modernas e mais densas ao gênero aqui em Portugal. Agora vem aí a quarta: o que vai ter de novo?
R. Costumo dizer que o maior desafio para um autor é manter-se relevante. Gosto sempre de surpreender o público. E não me refiro só a história em si, mas também a maneira como ela é contada, ou seja, tecnicamente falando. Entro em pânico só de pensar que alguém possa achar o meu último trabalho parecido com o anterior. Desta vez vou usar uma linguagem mais próxima do folhetim, mais leve.
2, A novela portuguesa ainda é um desafio para você?
R. 
Toda novela é um desafio. O meu objectivo, por exemplo, não passa apenas por fazer uma novela que faça sucesso enquanto ela está no ar. Todo o meu trabalho é focado com o intuito de que daqui a 10, 20 anos as pessoas ainda se lembrem daquela história com saudades. O sucesso temporário não me interessa. Não tenho a menor dúvida que muitas das minhas personagens vão ficar para sempre na lembrança das pessoas. Quanto ao formato, não vejo diferença nenhuma entre a novela portuguesa e a brasileira. Mesmo porque a estrutura da novela em Portugal segue a mesma linha do Brasil. O que é natural, uma vez que os portugueses consumiram durante anos as novelas da Globo.
3, E o desafio brasileiro, você encararia?
R.
 Não tenho duvidas que esse tem que ser o próximo passo. Hoje em dia trabalhar apenas para um mercado é suicídio artístico. No lado emocional, seria a realização de um sonho, o fecho de um ciclo. Cresci assistindo as novelas de Janete Clair entre tantas outras. A família toda sentada na sala… era um vício, o ponto alto do dia… tenho o DNA das novelas no sangue. Adoraria tentar fazer no Brasil o que consegui fazer em Portugal. Ter o último capitulo da novela a ser transportado num carro forte blindado, seguido por um helicóptero da estação de televisão, com a transmissão ao vivo. O país não parava desde Gabriela.
4, Já recebeu algum convite, ou pelo menos algum aceno, da televisão brasileira?
R.
 Digamos que um leve sorrisinho… Ano passado quando estive no Brasil fiquei surpreso como as emissoras estão atentas ao trabalho que desenvolvo aqui. Mas se já fechei uma proposta? Não.
8, Os autores de novelas do horário nobre no Brasil são semideuses. Em Portugal, nem tanto. Isso lhe incomoda?
R.
 No que diz respeito ao papel de semideus, com a possibilidade de fazer alterações que contribuam para o sucesso da novela, sim, tenho pena que aqui ainda não haja esse poder. Aos poucos, com o aumento da visibilidade do papel do autor, essa questão tem-se alterado, mas ainda estamos longe da realidade brasileira.
9, E a questão dos horários? O fato de as novelas em Portugal não terem um horário fixo não atrapalha na questão da audiência?
R.
 Acredito que sim. Nunca é bom, nem para o produto, nem para o público, não saber a que horas a novela vai ao ar.
12, No Brasil, a pressão pela audiência já levou autores ao infarto e ao AVC. Essa pressão existe em Portugal?
R.
 Fazer novela sem pressão é como ter sexo sem orgasmo. Para mim, é impossível. Primeiro porque a maior pressão quem exerce sou eu. Se o capítulo não está a cem por cento não consigo ter sossego. Depois vem a pressão do canal, da produtora, do público, dos atores, dos amigos, da família… o melhor é não pensar para não acabar num hospício.

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