No capítulo anterior:
Jacques – Você ouviu uma conversa em que o Paredes confirma que o @#$% do Aroldo está vivo?
Celsinho – Sim! A gente tem que ir atrás desse cara e acabar com ele. Se a gente não pode acabar com ele 23 anos atrás, nós fazemos isso agora.
Jacques – Mas onde o Aroldo está?
Celsinho – Segundo eles ele está no Rio Grande do Sul.
Jacques – Eu vou te dar uma chance. Você pode conseguir mais pistas?
Celsinho – Eu os ouvi dizer que eles vão se encontrar em um restaurante da zona oeste chamado Alluci para continuar a conversa.
Jacques – Ok, vou enviar um homem meu com você, o Carlos. Mas se você estiver errado de novo eu acabo com você!
Celsinho – Não estou, agora a gente pega ele. Mesmo depois de 23 anos!
Jacques – Como eu queria que você estivesse certo! Eu ia massacrar aquele Aroldo!
Celsinho – Estarei! Mande o Carlos para o Alucci as 14hs30min.
(Celsinho entra no carro e sai).
Cena 3
Luís telefona para Ricardo – SP – 20h30min
(toca o telefone)
Ricardo – Alô? Diga Luís!
Luís – Ricardo, eu disse que tinha alguma coisa naquela caixa! Eu disse!
Ricardo – Encontrou alguma coisa importante?
Luís – Sim, muito importante.
Ricardo – E o que é?
Capítulo 4 / Cena 1
No restaurante Alucci. – SP – 15h30min
Luís chega ao restaurante. Poucos minutos depois Ricardo chega acompanhado de Paredes.
Paredes – Como vai Luís?
Luís – Tudo bem Paredes? Bem Ricardo?
Paredes e Ricardo – Tudo bem.
Luís – Sentem-se.
Paredes – O Ricardo disse que você achou o que procurava?
Luís – Sim, eu achei. Vocês não vão acreditar gente!
Ricardo – O que foi que você achou?
Luís – Um endereço.
Ricardo – Endereço? Do que?
Luís – De onde meu pai está gente!
Paredes – Sério?
Luís – Seriíssimo. Na verdade o que eu encontrei foi um envelope de carta, a carta eu não sei onde está, mas o envelope tinha o nome do meu pai e o endereço.
Paredes – É recente isso?
Luís – De dois meses atrás. Poucos dias antes da minha mãe se internar.
Ricardo – Gente, isso é fantástico!
Luís – E eu tenho certeza que foi isso que minha mãe quis dizer e não teve tempo.
Paredes – E onde ele está?
Luís – Na cidade de Porto Vera Cruz, cidade que faz divisa com a Argentina e não tem nem 2000 habitantes. Eu andei pesquisando.
Paredes – Muito bem. Agora que nós já sabemos para onde ir, o que temos que fazer é ir rápido. A gente não pode perder mais tempo. Temos que providenciar passagens e estarmos
Ricardo – Já na segunda?
Paredes – Sim! O Aroldo já deveria estar de volta há 21 anos atrás. A gente já está 2 décadas atrasado. Não podemos perder nem mais um minuto.
Luís – Eu concordo totalmente. Eu passei toda a minha vida acreditando ser órfão de pai. Eu nunca soube nada sobre o passado do meu pai, não sei quem é esse homem e tenho muita vontade de saber.
Ricardo – Olhando por este ponto de vista eu concordo em irmos logo na segunda.
Paredes – Perfeito. Eu vou reservar passagens. Agora eu e Ricardo precisamos ir embora. O trabalho continua.
Luís – Eu também vou agora. Vou para a agência, pedir um tempo de folga pra viajar.
Ricardo – Só não diga o real motivo da sua viagem.
Luís – Não, claro que não. Eu vou dizer que vou visitar parentes
Paredes – Certo. Eu vou telefonar para vocês e combinar tudo direitinho neste fim de semana ok?
Luís e Ricardo – Certo.
Caminham até a porta do restaurante onde os três se despedem.
Ricardo – Agora nós precisamos mesmo ir. Vamos doutor?
Paredes – Sim. Até mais Luís.
Ricardo – Até mais.
Luis – Tchau pessoal.
Luís caminha em direção a seu carro por um lado e Paredes caminha com Ricardo para outro lado. Paredes e Ricardo entram no carro que vieram.
Ato 2
No restaurante Allice.
Celsinho – Há há há há há! Eu te disse Carlos? Eu estava certo! O Aroldo está vivo e o Jacques vai adorar saber que vai poder acabar com ele.
Carlos – Mas que sorte a sua não? O Aroldo vir cair bem no seu colo!
Celsinho – Não importa. O que importa é que eles falaram tudo o que precisávamos ouvir! A gente vai pegar esse cara.
Ato 3
No carro do delegado Paredes.
Paredes – Espere.
Ricardo – O que foi doutor Paredes?
Paredes – Eu esqueci meu celular lá na mesa.
Ricardo – Quer que eu vá buscar?
Paredes – Pode deixar, eu vou lá.
O doutor Paredes desce do carro e caminha rumo à entrada do restaurante. Ao entrar caminha rumo à mesa onde estavam sentados e não pode deixar de ouvir a conversa entre Celsinho e Carlos:
Celsinho – Mas quem diria ein Carlos? O Aroldo está vivo!
Carlos – Quem diria!
Celsinho – (ri) Ah, como eu sonhei para que esse dia chegasse! O dia em que o Jacques realmente acreditasse e confiasse em mim! Eu sempre soube que ele estava vivo! (ri novamente)
Diante do ocorrido, Paredes pede ao garçom que pegue o celular sobre a mesa para evitar que os dois percebessem a sua presença e pudesse anular qualquer possibilidade de reação ao fato inesperado. Paredes volta ao carro com muita raiva.
Entra no carro e bate a porta. Bate também as mãos sobre o volante.
Ricardo – O que foi senhor?
Paredes – (grita com muita raiva) Abutres! Malditos abutres!
Ricardo – Sobre o que o senhor está falando?
Paredes – Você não vai acreditar. Nos descobriram. O pessoal do Jacques Pederneiras já sabe que Aroldo está vivo.
Ricardo – Como pode?
Paredes – Eu voltei pra buscar o celular e ouvi dois homens conversando, um dizia pro outro que sonhou com o dia em que o Jacques ia acreditar nele, acreditar que o Aroldo está vivo.
Ricardo – Será que nós demos o azar de virmos nos reunir justo no ninho deles?
Paredes – Não sei se foi só azar ou se eles já sabiam ou desconfiavam de alguma coisa e nos seguiram. Agora a gente tem que se apressar ainda mais e desconfiar de qualquer coisa que possa representar suspeita.
Cena 2
Mansão Pederneiras – SP – 17h42min
Celsinho – Eu não disse Jacques? Não disse que ele estava vivo? Você nunca acreditou
Jacques – Tenho que admitir que você está certo! Eu realmente pequei por não acreditar em você!
Carlos – Mas nós temos que ser rápidos Jacques, eles querem embarcar já na segunda feira.
Jacques – Certo. Vocês juntamente com um pessoal de elite meu saem daqui amanhã bem cedo. Vão com as caminhonetes.
Celsinho – Com as caminhonetes?
Jacques – Sim. Eu não vou mandar meu jatinho para um lugar desses. Além do mais, as caminhonetes vão dar mais mobilidade a vocês e vão levantar menos suspeitas.
Carlos – Eu vou convocar o pessoal.
Jacques – Faça isso! Quando eles tiverem embarcando eu quero que vocês já estejam lá.
Fim deste capítulo.
No próximo capítulo: Ricardo, Paredes e Luís embarcam para Porto Alegre. E o pessoal de Jacques? Chegará mesmo à cidade antes dos três? O que eles farão?
Confira tudo isso no 5º capítulo de A Procura.
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