Danilo Gentili é a principal aposta da Band em 2011. Bonito, simpático e muito engraçado, o integrante do "CQC" tem agora a missão de aumentar a audiência da emissora no fim de noite. Aos 31 anos, Danilo garante que esta será sua maior chance profissional e fará o impossível para agradar.
Carla Soltanovitch, do NaTelinha, conversou com Danilo Gentili durante coletiva da Band realizada na última terça (1). Ele falou sobre seu início de carreira, sobre seu novo programa, desafios, "CQC" e muito mais. Confira:
Como surgiu a televisão na sua vida?
Danilo Gentili: Quando eu tinha 18 anos tudo começou a dar errado na minha vida. Não conseguia parar em nenhum emprego, minha namorada me largou, perdi meu pai e seis meses depois minha mãe também morreu... enfim, tudo ia muito mal. Foi quando resolvi tomar um outro rumo. Deixei a cidade onde morava, Santo André, e vim morar em São Paulo. Nessa época passei a frequentar o Clube da Comédia onde conheci o Rafinha Bastos, o Oscar Filho, e junto com eles comecei a fazer shows. Adoro stand-up comedy. Numa dessas apresentações fui convidado a realizar um teste na Band para integrar o CQC. Ufa, o resto vocês já sabem...
Entre as novidades anunciadas pela Band em 2011 está um programa apresentado por você. Como será o “Agora É Tarde”?
DG: Será um programa muito engraçado e alternativo. Pura descontração. Eu não quero revolucionar a televisão brasileira por enquanto, vou apenas apresentar um estilo de atração que já existe, é o late night. Dentro das minhas limitações pretendo fazer o melhor late night nacional. Teremos piadas, bate-papo, música...
Existe muita limitação aqui no Brasil. Não é todo formato de programa que o público aceita, há limitação na hora de produzir, na verba, até mesmo em relação aos convidados. Um late night americano consegue levar os convidados mais diversos possíveis. Eu já sei que aqui dificilmente terei condições de receber um artista da Rede Globo, por exemplo.
Quando estreia o “Agora É Tarde”?
DG: Estreamos na segunda quinzena de maio, à meia-noite.
Você quer concorrer com o Jô Soares?
DG: Na audiência pode até ser, mas não no formato do programa. O Jô está voltado às entrevistas, e o late night segue outro caminho, tem piadas do dia, vários quadros, brincadeiras. Quem apresenta um late night é na verdade um anti-herói. É meio sacana, mas diz o que todos gostariam de dizer.
O programa será diário?
DG: Vamos começar exibindo duas vezes por semana. Se a aceitação do público for boa poderemos vir a ser diário.
Como surgiu o projeto?
DG: Em 2009 quando eu fui renovar meu contrato, levei a ideia para a Band e foi aprovada.
E como fica sua participação no CQC?
DG: Eu gosto demais do CQC, não vou sair. A questão é que existe uma brecha muito grande, um filão a ser explorado nessa faixa de horário. Tem dias que o programa Fala Que Eu Te Escuto ganha em audiência do Jô Soares. E é exatamente nisso que estou pensando. À meia-noite tem muita gente acordada, que por falta de opção na TV acaba indo teclar na internet.
Você está preparado para tanta responsabilidade?
DG: Sinceramente? Não! Mas essa é a graça do negócio, eu vou ser muito autêntico, vou inovar a cada programa e tentar ser bastante original.
É claro que vou levar muita coisa do formato americano também. Cada apresentador tem um estilo próprio, mas vou sim me espelhar no David Letterman, que é maravilhoso.
Haverá uma banda no palco junto com você?
DG: Ah, isso vai ser fantástico! Quero o Ultraje A Rigor comigo. Não consigo visualizar uma banda melhor para estar ao meu lado. É a minha primeira e única opção. Já gravamos um piloto juntos e ficou ótimo. Agora só falta uma reunião oficial com a Band para acertar os últimos detalhes.
Entre os nossos apresentadores qual você mais admira?
DG: Quando eu crescer quero ser igual ao Rodrigo Faro. Falando sério, eu acho esse cara um excelente profissional, carismático, manda bem nos improvisos. O Rodrigo é um cara humilde, super na dele. Acho bacana isso. Ele é muito bom no que faz. Ele é o melhor apresentador que nós temos.
Por que de todos os integrantes do "CQC" você é o mais polêmico?
DG: Eu sou heterossexual e não ator... brincadeira... Esse é o problema, eu não represento, sou muito autêntico, impulsivo, eu digo o que me vem na cabeça, daí incomoda muita gente. Não consigo ficar lendo o que vou falar, eu simplesmente falo. E por isso acabam inventando coisas a meu respeito. Por exemplo, disseram que falei mal do Big Brother... caramba, eu nem assisto este programa, como posso falar mal? Meu negócio é fazer um trabalho bem feito, não estou nem aí para festinhas da revista Caras.
NaTelinha
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