Depois de percorrer a Avenida Paulista, em São Paulo, durante quase duas horas na tarde desta quinta-feira (24), cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, a maior parte estudantes da Universidade de São Paulo (USP), em greve desde o dia 9, se concentraram no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para um ato público. Às 18h45, todas as pistas da avenida já haviam sido liberadas para o tráfego de veículos.
A Polícia Militar acompanhou da manifestação, bloqueando a passagem de carros, ônibus e motocicletas pelas faixas ocupadas pelos estudantes. Não houve confronto entre PM e manifestantes.
O único incidente aconteceu por volta das 17h40, quando o protesto já fazia o caminho de volta pela avenida, no sentido Paraíso, a PM reduziu o protesto para liberar uma faixa e deixar que uma ambulância passasse com um paciente.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, às 17h24 uma idosa foi atropelada por uma moto na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta. Segundo a assessoria de imprensa dos bombeiros, não há registro na ocorrência de que a manifestação tenha interferido no resgate.
Aula de democracia
Segundo um membro do Diretório Central de Estudantes (DCE), diversos professores, parlamentares e líderes de movimentos sociais e sindicais foram convidados para a aula pública, que terá a democracia como tema. O governador Geraldo Alckmin, que em 8 de novembro afirmou que os estudantes da USP precisavam de “aula de democracia”, também foi convidado.
Segundo um membro do Diretório Central de Estudantes (DCE), diversos professores, parlamentares e líderes de movimentos sociais e sindicais foram convidados para a aula pública, que terá a democracia como tema. O governador Geraldo Alckmin, que em 8 de novembro afirmou que os estudantes da USP precisavam de “aula de democracia”, também foi convidado.
Ônibus vindos do Interior paulista trouxeram estudantes de outras universidades públicas para apoiar a passeata. Uma jovem de 23 anos, que estuda ciências sociais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e participa do ato com cerca de 50 colegas do campus de Marília, afirmou que seria “muito legal” se o fgovernador aparecesse para dialogar com os estudantes em greve. “Isso mostra bem a democracia que temos hoje”, disse ela
A paralisação dos estudantes da USP começou no dia seguinte à prisão de mais de 70 pessoas, durante a reintegração de posse da reitoria da universidade, que tinha sido ocupada por manifestantes uma semana antes. Eles foram indiciados por danos ao patrimônio público e desobediência à ordem de Justiça – que havia determinado a saída do prédio.
Na noite de quarta-feira (23), cerca de 3 mil estudantes decidiram manter a greve em assembleia realizada na Escola Politécnica, na Cidade Universitária, Zona Oeste de São Paulo.
Os alunos reivindicam a revogação do convênio firmado entre a USP e a Polícia Militar para o patrulhamento da Cidade Universitária e a retirada de processos criminais e administrativos contra estudantes, servidores e professores que, segundo os manifestantes, foram movidos com fins políticos.
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