por Flávio Ricco
A Globo, já de algum tempo, não vive um bom momento na faixa das seis da tarde. As produções deste horário, consecutivamente, têm tropeçado no Ibope, fenômeno que também atinge "Malhação" e as novelas das sete. Mas é preciso separar as coisas. Esta não é uma queda provocada pela baixa qualidade dos trabalhos apresentados.Ninguém pode, por exemplo, discutir os méritos de "Paraíso", do Benedito Ruy Barbosa. Foi muito bem no passado e possui todas as condições de repetir este sucesso, porque a história é exatamente a mesma e o elenco de agora reúne artistas da maior qualidade, casos de Reginaldo Faria, Cássia Kiss, Mauro Mendonça, Carlos Vereza e outros tantos. Não há como não dar certo. As primeiras gravações movimentaram centenas de profissionais e os cuidados com a produção são tantos, que até um tipo especial de lama é transportado para uma locação, para oferecer maior veracidades às cenas.
Por que toda essa "engenharia" não reflete no Ibope? Hoje, constata-se, há migração do público para outras mídias, como Internet e TV a cabo. Isto é o que deve ser analisado com atenção. Continuar com a discussão do que é exibido, isoladamente, nesta faixa de horário já ficou demonstrado que não vai adiantar nada. É necessário ampliar o debate e se curvar a uma nova realidade.
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