Inezita Barroso (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
O corpo da cantora e apresentadora Inezita Barroso é velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, na região do Ibirapuera, na Zona Sul, nesta segunda-feira (9). Considerada uma das principais cantoras da música sertaneja brasileira, Inezita morreu na noite deste domingo (8), aos 90 anos, no Hospital Sírio-Libanês.
Conhecida por seu carisma que tomava conta das manhãs de domingo na TV Cultura, em seu programa de auditório dedicado à música sertaneja e moda de viola, fica nesse espaço tempo, uma lacuna, que nunca será preenchida.
Inezita Barroso não se limitou apenas à cantar e apresentar, indo muito além. Iniciou sua carreira artística no rádio e posteriormente passou também para a televisão, além de ter participado de peças teatrais e na produção de espetáculos musicais que arrastou multidões de fãs da música caipira, mais popularmente chamada de moda de viola.
O governador de SP, Geraldo Alckmin, divulgou uma nota de pesar. Confira:
“Durante 35 anos, as manhãs de domingo no interior de São Paulo e do Brasil tiveram a sonoridade de Inezita Barroso no comando do “Viola, Minha Viola”, o mais antigo programa musical da televisão brasileira. Neste domingo à noite, com muita tristeza, nos despedimos dela. Paulistana da Barra Funda, Inezita foi compositora, cantora, atriz, violeira, pesquisadora, professora e doutora honoris causa de folclore e da música caipira. Há dois anos, tive a honra de estar com ela, no palco do “Viola”, para a emocionante festa musical em que o país inteiro comemorou seu aniversário de 88 anos e sua grande obra. Naquele dia, ela explicou o segredo de sua vida longa e feliz: amava a música caipira, gostava do que fazia e de fazer bem feito. Ao recuperar o nosso folclore, Inezita Barroso preservou um ativo inestimável, um tesouro que faz de nós, brasileiros, uma nação: nossas raízes. A partir de agora, São Paulo e o Brasil retribuirão esse legado de amor com imensa saudade”.
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